segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Luz!

Aproveito a luz que, por estes dias, invadiu esta praça central de Braga para reforçar os meus votos de que ela inunde também as vossas vidas nesta quadra e em cada dia do novo ano.
Para todos, sem excepção:

Um muito feliz Natal e um excelente ano de 2012! 



quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

A língua é a casa onde o homem habita



- Mamã, o que é a língua?
- A língua é a casa onde o homem habita.

Jean-Luc Godard, Deux ou Trois Choses que Je Sais d’ Elle (1967).





Há tempos, participei numa formação sobre as regras do novo acordo ortográfico. O formador afirmava que a grande dificuldade na aplicação das novas regras era de natureza perceptiva (ou, como boa formanda, deverei escrever “percetiva”). Não poderia discordar mais e a frase na boca da personagem de Godard fala por mim. Posso dizer, inspirando-me nela, que mantenho a nítida impressão de que, nos últimos tempos, me arrombaram a porta de casa e perpetraram um sério furto. E os efeitos de um furto doloroso nunca são unicamente perceptivos, senhor formador.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Perto do mar


O corpo sabe.
O corpo não esqueceu ainda
a direcção do sol:
fará a casa perto do mar,
fiel ao quase adolescente
coração da água.
As mãos acesas – altas, altas.

Eugénio de Andrade, O Outro Nome da Terra, Instituto Cultural de Macau e Editora Montanha das Flores, p. 26.



1 e 2: Vista a partir do Centro Cultural Casa das Mudas, Calheta, Madeira.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Levada do Caldeirão Verde

A companhia permanente das águas e do verde. Os picos e escarpas que espantam. O olhar atento às irregularidades do trilho e o olhar que se expande para o horizonte. A luz e as sombras. As risadas e o silêncio mais profundo. As sonoridades minhotas e o carregado sotaque francês. Um almoço improvisado dentro de um gigantesco “caldeirão”. Uma poncha para rematar o caminho.
Há horas que se aproximam da perfeição.

Obrigada, A.!