domingo, 31 de janeiro de 2010

Plátanos

Praça do Marquês, Porto
Um engano na saída do metro obrigou-me a atravessar a praça. E os olhos detiveram-se nos plátanos, descarnados pelo Inverno, mas belos também assim. Belos na sua elegância. Na sua nudez. No seu despojamento. Na sua espera.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Com a almofada a tiracolo*

Waking life (2001), de Richard Linklater

Porque é que o ser humano não é capaz de alcançar o seu máximo potencial? A resposta a esta questão radica na resposta a uma outra interrogação: Qual é a característica humana mais universal? O medo ou... a preguiça?

* Com o alto patrocínio da Videoteca Municipal de Braga e do seu "Cinema de Almofada". Altamente patrocinado, também, pelo incentivo e companhia da J.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Hat lovers

August Macke, Hutladen (1914)

Esta pintura faz-me lembrar a mana e a I. Porque adoram chapéus e os chapéus as adoram de volta. Sobretudo, porque são senhoras (senhoritas, vá...) de se lhes tirar o chapéu.


sábado, 23 de janeiro de 2010

(Re)ler Torga

Era tanta a beleza da solidão contemplada, despegava-se das serranias tanta calma e tanta vida, os horizontes pediam-lhe uma concentração tão forte dos sentidos e uma dispersão tão absoluta deles, que os olhos como que lhe abandonavam o corpo e se perdiam na imensidão. Simplesmente, essa diluição contínua que sofria no seio da natureza não excluía uma posse secreta de cada recanto do seu relevo.

Miguel Torga, O Caçador, em Novos Contos da Montanha

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Encontro improvável


Tal como comentara o Mestre, Holmes meets Bond.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Estilhaços

Não podes atravessar o espelho

sem te cortares.

Iris Murdoch, A Máquina do Amor Sagrado e Profano

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Do sentido

Podia ser perfeitamente verdade que não há um sentido profundo nas coisas (...), que "o mundo" é apenas confusão, um escombro e um sonho, mas não seria um embuste supremo fazer com que esta ausência de sentido parecesse constituir a própria essência do nosso ser?

Iris Murdoch, A Máquina do Amor Sagrado e Profano

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Deceptivo

Asprela, Porto
Sol mentiroso. Deceptivo.
A prova reiterada de que nem tudo o que brilha, aquece.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Mesmo conceito, em registo diferente

A Liberdade
é um pássaro sem medo
a cantar dentro da boca.
José Jorge Letria, A Liberdade o que é?

O livro que transtorna

A liberdade, que é uma conquista, e não uma doação, exige uma permanente busca. Busca permanente que só existe no ato responsável de quem a faz. Ninguém tem liberdade para ser livre: pelo contrário, luta por ela precisamente porque não a tem. Não é também a liberdade um ponto ideal, fora dos homens, ao qual inclusive eles se alienam. Não é ideia que se faça mito. É condição indispensável ao movimento de busca em que estão inscritos os homens como seres inconclusos.

Paulo Freire, Pedagogia do Oprimido

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

As prendas dos Reis Magos, em nova versão


Na versão originalíssima do Miguel, de 4 anos.
Acho que isto é capaz de merecer uma conversa...

domingo, 3 de janeiro de 2010

Doce e tormentoso

Ela estaciona em áreas proibidas
para atormentar o polícia que a observa
com o propósito de a multar.