sábado, 9 de janeiro de 2010

O livro que transtorna

A liberdade, que é uma conquista, e não uma doação, exige uma permanente busca. Busca permanente que só existe no ato responsável de quem a faz. Ninguém tem liberdade para ser livre: pelo contrário, luta por ela precisamente porque não a tem. Não é também a liberdade um ponto ideal, fora dos homens, ao qual inclusive eles se alienam. Não é ideia que se faça mito. É condição indispensável ao movimento de busca em que estão inscritos os homens como seres inconclusos.

Paulo Freire, Pedagogia do Oprimido

2 comentários:

  1. E "como seres inconclusos que somos", podemos buscar, permanentemente, não só a liberdade, como o nosso próprio aperfeiçoamento; num acto contínuo e, sem dúvida, de responsabilidade individual. Obviamente cada um tem a "liberdade" de o querer, ou não, fazer. Pela minha parte, acredito que vale a pena!

    ResponderEliminar
  2. Tens que ler Paulo Freire. Anda ali a espreitar-me "A Pedagogia da Esperança". Um título aparentemente menos pesado, mas com conteúdo igualmente denso, estou certa. E ainda bem. Há coisas que nunca poderão ser ligeiras.

    ResponderEliminar