Picasso, Les Demoiselles d’ Avignon (1907)
As dicotomias podem facilitar a nossa leitura do mundo, compondo uma organização categorial de que muitas vezes necessitamos para mais facilmente (superficialmente) o apreender e compreender.
Mas, em última (primeira) instância, as dicotomias são falaciosas.
Picasso terá dito, certo dia, a uma das suas amantes: Para mim só existem dois tipos de mulheres: as deusas e os capachos. Um seu conterrâneo, o escritor e jornalista espanhol Arturo Pérez-Reverte, quando questionado em entrevista sobre o seu tipo ideal de mulher, respondeu que, no seu entender, existiriam dois tipos: aquelas que quando os índios atacavam o forte se agarravam às pernas do homem em busca de protecção e segurança , e aquelas que, avistando o inimigo, empunhavam a espingarda e começavam a disparar. O escritor rematou: Eu prefiro as últimas.
As dicotomias podem facilitar a nossa leitura do mundo, compondo uma organização categorial de que muitas vezes necessitamos para mais facilmente (superficialmente) o apreender e compreender.
Mas, em última (primeira) instância, as dicotomias são falaciosas.
As dicotomias são falaciosas e perigosas, porque, por vezes, assentam numa radicalidade absurda ou, até, irracional. .
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