Aos vinte anos, julgara-se liberto de rotinas e de ideias feitas que paralisam os nossos actos e armam de antolhos o nosso entendimento, mas depois passara a comprar, moeda a moeda, aquela liberdade de que julgara poder apossar-se logo à primeira. Nunca se pode ser tão livre quanto se deseja, quanto se quer, quanto se teme, quiçá tanto quanto se vive.
Marguerite Yourcenar, A Obra ao Negro, Planeta de Agostini, p. 115
CAMINHA, um encanto de localidade.
ResponderEliminarMuito bem escolhido estetexto da Marguerite, SARA.
Um beijo.
Sara
ResponderEliminarSão tantas as definiçoes de Liberdade e ainda assim nao a sabemos distinguir se somos ou nao livres , são tantas as escolhas que temos que fazer durante todo o tempo , escolhas responsáveis que a total liberdade pode ser mascarada .
Marguerite Yourcenar disse bem, muitas vezes" compra-se moeda a moeda"
Belíssimo o P&B
um lindo fim de semana
aqui vamos abafando as lágrimas pra poder pensar que nada de mais ruim poderá acontecer para os brasileiros .
beijinhos
Sara,
ResponderEliminarAos 20 anos olhamos para as coisas e tudo parece ao nosso alcance. No fundo o caminho está apenas se insinua, mas talvez esse seja o mote para o início da jornada.
Beijo :)
Olá Sara
ResponderEliminarLi este livro a primeira vez, era adolescente. Na época não o compreendi, achei-o demasiado complexo...O seu protagonista muito "avançado" num contexto que parecia não condizer...
Mais tarde (estava grávida das gémeas e fui obrigada a estar de repouso...imagina!!!) voltei a lê-lo e li tudo de forma diferente...
"ainda há pouco, ao dar com o caminho no labirinto das vielas de Bruges, julgara ele que uma paragem destas, assim afastada das grandes rotas da ambição e do saber, havia de proporcionar-lhe um certo repouso, após trinta e cinco anos de agitação. Contava encontrar a inquieta segurança de um animal consolado com a estreiteza e a obscuridade da toca que escolhera para viver" Yourcenar "A obra ao negro". p:150
Engano achar que, depois de algumas conquistas a muito custo conquistadas, deixaremos cobrir-nos pela escuridão de estados letárgicos...
Bjs grandes para ti e tb um bom fim de semana
A P & B ficou mesmo linda! mas ao vivo então...tem o cheiro e a cor!!;)
ResponderEliminarA liberdade..julgamos tê-la entre nossas mãos, mas será que realmente a temos? Não seremos nós todos condicionados pelo exterior?pelos outros e seus ideais?
tenho as minhas dúvidas..
bom resto de fds!
bjka
A liberdade é sempre um caminho a percorrer!
ResponderEliminarA foto está bestial!
Apesar de gostar da obra de Marguerite Yourcenar, nunca li esta obra e fiquei com curiosidade. A fotografia é sua? É lindíssima.
ResponderEliminarObrigada a todos pelos comentários. O conceito (e a prática) da liberdade é sempre um bom mote para reflexão...
ResponderEliminarMargarida: recomendo vivamente esta obra de Yourcenar. É para mim uma obra-prima, muito próxima de "As Memórias de Adriano". De igual modo, a escritora desvela toda uma época, no caso o Séc. XVI e fá-lo com extraordinária mestria.
Quanto à foto, foi tirada por mim e depois tratada com a ajuda do Picasa :). Portanto, uma autoria conjunta. Que bom que gostaram! Foi tirada a partir de um pontão fantástico que construíram por lá, entre a mata do Camarido e o rio Minho. Foi num passeio matinal, em Agosto de 2010, que fotografei esta perspectiva.
Bom Domingo para todos! :)
É sem dúvida uma obra a ler e magnífica! Já a li há uns anitos alguns pormenores estão esquecidos mas a essência do livro não.
ResponderEliminarVenho agradecer as suas palavras.
Bom Domingo, cheio de sol!:)
a liberdade é algo que não conheço…mas persigo!
ResponderEliminarAos vinte anos somos os donos do mundo e da verdade!Aos sessenta sabemos que tudo tem de ser conquistado. Até a serenidade que é transmitida por essa magnífica foto:)))
ResponderEliminarÉ assim mesmo. Mais do que a liberdade total, importa tirar o máximo partido da liberdade possível, tantas vezes desperdiçada.
ResponderEliminarBeijinho enorme e uma óptima semana!
Lindissima foto, Sara! Para mais, a preto e branco! Gosto tanto!
ResponderEliminarBjs!
Boa Semana!
Boa noite, Sara
ResponderEliminarA MY é uma escritora que leio com muito interesse.
Lembro desse livro e gostei imenso.
A passagem que transcreves é admirável.
Leste «As Memórias de Adriano»?
Bjs
Nunca basta ter razão
ResponderEliminarUma boa eleição na coordenação texto imagem. Gostei, e muito!
ResponderEliminarGosto desta terra.
Caminha!...
Ao outro lado La Guardia
e um rio pelo meio.
Parece perto,
mas que longe estás!
Caminhos sinuosos
que um dia percorri
para verte, Caminha,
de frente... e, te vi!
Um grande abraço, e o meu agradecimento