Nos últimos dias, Braga parece ter viajado numa máquina do tempo, enchendo-se de romanas e romanos. O centro da cidade ganhou fôlego e vivacidade, uma animação que nem a chuva conseguiu esmorecer. Para além dos espectáculos de rua, o mercado romano traz muito apelo e umas receitas para a crise: chás para a tensão arterial e a angústia, doçuras para os amargos de boca, o resgate de um certo tipo de ludicidade. E para aqueles mais incomodados com a imprevisibilidade do presente, há uma rua pejada de tendas onde poderão pedir auxílio a troco de 20 ou 5 euros que, pelos vistos, nem o esoterismo escapa à lei de mercado.
De início julguei serem essas "barraquinhas" - leitura de "tarot" e afins com bruxas e bruxos à entrada - apenas, manobras de teatralidade. Verifiquei mais tarde que as pessoas faziam fila para a "consulta". A viagem no tempo parece fazer-se também ao nível das crenças e superstições.
ResponderEliminarNada mais convincente.
Um beijo
Nunca vi esta feira, mas gostava. parece muito prometedora. :-)
ResponderEliminarBom Domingo!
Beijinhos!
A tua "reportagem" transmite-nos a alegria irónica e a barafunda festiva que deve ter sido a cidade nestes dias! As fotos ilustram-no bem:-))))
ResponderEliminarQue coisa mais linda de se ver Sara, adorei, mostrei a todas. Isso é cultura viva. E logo pensamos, que se estivessemos aí, estaríamos nas comidas, nas ervas e nas leituras de mão. Lindo, tudo.
ResponderEliminarbjs nossos
Não conheço esta feira
ResponderEliminarmas pelos vistos
repete-se neste país de ladaínhas
Como comensurar a crença humana?
ResponderEliminarCadinho RoCo
Já esqueci, todas as palavras que queria ouvir
ResponderEliminarTodo os sentires por sentir
Já não sou protagonista de uma comédia de enganos
Sou apenas demiurgo de uma perversa cena de uma chegada sem partir
Sou uvas amargas do mês de Abril
Vinho de travo verde ao beber
Semente atirada ao meio das pedras
Olhos na bruma na inquietação do ver
Uma imensa e incontida força neste peito
Na alma uma cicatriz, qual estigma
Serei apenas um barco de papel à deriva!?
Ou como já alguém disse, um…Enigma…
Doce beijo
Pois eu conheço bem esta feira!
ResponderEliminarLembro-me Sara, quando lecionava em Braga, de ficar dois anos responsável pela parte musical de muitas crianças. lembro-me dos ensaios, da barafunda, mais e mais crianças que queriam participar. Lembro-me até de compor algumas músicas!!
mas recordo-me também de, na hora dos ensaios e das apresentações ter de competir com crianças que faziam coreografias ao som de uma música muito pouco "Romana" e aos berros, recordo-me dos técnicos de som que me olhavam baralhados, "mas oh menina, eu não vinha preparado para isto...."
mas lá pela noitinha, já só com os alunos mais velhinhos, tudo acabava em festa e lá percorríamos as ruas a rir, com tambores, tamborins, e o que mais houvesse para tocar...
O Mesquita saudáva-nos do seu traje imponente, mas não ligávamos muito..
Como quase udo, uma experiência cheia de contradições...
um beijo!
Ana
:)))) Muito bom, Ana!
EliminarUma feira bonita Sara, mesmo não entendendo nada das crendices, mas entendendo bem dessas doçuras todas ,o vai vem das pessoas ,as guloseimas,principalmente essa que tira o " amargo da boca" rs da alegria e barafunda.É bom de ver Sara.
ResponderEliminarÉ também bem cultural , há espaço ainda para essas contradiçoes, apesar de tudo.
um beijinho
Gosto desta variedade.
ResponderEliminarGosto deste esoterismo, em que não acredito, mas que confere aos lugares uma sensação de irrealidade que me faz sorrir!
E se houve um tempo em que se dizia que a religião era o ópio do povo, no presente o ópio são os eventos culturais de grande nível, a custo zero para o visitante e que felizmente vão proliferando por todo o país.
ResponderEliminarBeijinho enorme!
Cada Terra com seu Uso
ResponderEliminarCada Roca com Seu Fuso
Foi mais ou menos assim que me ensinaram a procurar, a crer e, sobretudo, valorizar a diversidade das "coisas" que há para compor "coisas" e gentes e hábitos e cheiros e ... que fazem de cada local um sítio especial.
Confesso que, por se ter perdido muito pelos caminhos que atravessamos, (e parta mim, claro) já há poucos sítios (terras e mesmo gentes) assim, especiais.
Não conheço a feira (esta), não sei muito sobre a Augusta portuguesa e não sei quase nada de crendices e outras "ices" que tais (não utilizo o termo bruxarias porque era provável que os montalegrenses, com o Sr. Padre Fontes à cabeça, não achassem nisso grande piada) mas ... gosto das cores, das formas, dos cheiros e dos sabores que gentes e coisas me proporcionam quando visito uma. Aliás é a razão mais forte que me leva a visitá-las.
Ia acrescentar que este foi mais um post com selo de qualidade, mas isso já a Sara sabe muito bem ...
Um abraço.
E amanhã e Domingo, lá estarei eu em Serralves, a tocar, para quem quiser ouvir, outalvez "ouver" música que muitas vezes é considerada "pouco fácil de escutar". A ver vamos....Tenho boas expetaativas!!
ResponderEliminarEsta tendência que as cidades tem em reencontrar-se com o passado possui um encanto que, pelos menos a mim, embriaga.
ResponderEliminarDepois da reflexão conluio que o progredir foi notório, sem deixar de me sentir atado a esse passado, que me fascina.
Gostei muito deste passeio no tempo...
Um abraço dos grandes
Muito bom este post, SARA !
ResponderEliminarNão sabia de nada...
Um beijo amigo.