Henri de Toulouse-Lautrec, La Goulue and Valentin, Waltz |
O navio desistiu de navegar contra a corrente e aliou-se ao vento e às águas; as suas velas estão agora enfunadas e ele avança, orgulhoso, sobre as ondas condescendentes. A sua velocidade é fruto do seu esforço e dos seus méritos ou dos méritos de forças externas? (...) A mulher que valsa abandona-se nos braços do seu hábil parceiro. A maravilhosa leveza da dança vem dela ou dele?
Karen Blixen, Sombras no Capim, RBA, p. 96.
Ora se assume o leme contra ventos e marés, ora se comanda a dança. Assim é quando nos norteiam objectivos e vontades apenas concretizáveis pelo nosso próprio pulso. Mas às vezes é preciso retemperar ânimos e forças, e nessas alturas sabe bem deixarmo-nos embalar por braços sábios e confiáveis.
ResponderEliminarUm abraço grande e saudoso, com os votos de um excelente fim de semana!
Os navegantes necessitam mais das forças da natureza do que seu saber sobre as velas, também se leveza vem da alma ,quem de nós saberá o que vai n'alma dos amantes?
ResponderEliminar'Velas e valsas' ,um lindo tema e linda a imagem que acompanha, Sara.
Gosto refinado e boas leituras.Aprendo contigo.
bom domingo ,boa semana
com abraços
"Se não os podes vencer, junta-te a eles".
ResponderEliminarUma fórmula suavizada desta máxima foi o que me ocorreu na leitura deste texto.
L.B.
Não serão os dois elementos conjugados? Afinal, a vida tem sempre duas faces, muitas vezes contraditórias - e vivá dialéctica:-)))
ResponderEliminarSara,
ResponderEliminaragradeço sua visita e comentario no VARAL. Aguardo agora sua participação no MEU RETRATO NO VARAL !
Bjs
Não é possível dançar a valsa sozinho
ResponderEliminarUm voo partilhado
Bj
Sara,
ResponderEliminarQuem questiona assim tem lastro para outras questões, numa sequência interminável.
Beijo :)
... quanta beleza e leveza nesta narração!...
ResponderEliminarUm grande abraço, querida amiga
Quando dois seres se tornam num só na elegância da dança, o mérito é totalmente dos dois.
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