Ainda há poucos dias ali estive, entre as águas, deslumbrada com aquela versão de paraíso tangível. Quando as primeiras notícias da tragédia me chegaram, carregaram consigo a incredulidade. Na minha mente, a convivência entre imagens de encantamento e de destruição tornou-se árdua. Não me conseguia libertar do que tinha imprimido cá dentro, para deixar este dilúvio entrar. O movimento da alegria à desolação é duro e não isento de dissonâncias. Creio que, neste caso, o movimento inverso, de reconstrução da alegria a partir do caos, também não será fácil. Mas já me asseguraram que os madeirenses reagirão. Conheço uma que já arregaçou as mangas e que já iniciou o seu apelo:
http://passosdailha.blogspot.com/2010/02/o-desaire-da-natureza.html
http://passosdailha.blogspot.com/2010/02/o-desaire-da-natureza.html
Que o encantamento suplante a destruição, desde já, sob a forma de esperança e que permita muito brevemente “passos” seguros.
Acredito naquelas gentes...no poder que elas têm de dar a volta por cima..arregaçar as mangas e reconstruir, renascer pra vida!
ResponderEliminarE posto isto, resta apenas pôr mãos à obra.
ResponderEliminarOh Sara! Formidável forma de confortar-me. Deixou-me emocionada. Juntar apelos pode tornar-se numa cadeia infinita de ajuda. Quiçá isso aconteça! Duas mulheres que não se conhecem pessoalmente, mas que através das palavras mostram ser almas que se tocam algures no espaço, no tempo e no pensamento... E que porventura imprimiram os seus passos nas pégadas de uma Ilha que voltará a encontrar o seu lugar no meio do Oceano.
ResponderEliminarObrigada para sempre.
Reencontrará certamente esse lugar, estou convicta que sim. Estava mesmo agora a ver nas notícias vários voluntários a trabalhar horas a fio. A minha amiga A. é uma delas. A pôr mãos à obra em prol do renascimento.
ResponderEliminarPara as três um beijinho, mais sentido no caso da CF, como bem compreenderão.