Esta música foi-me apresentada pelo meu amigo H. durante uma viagem entre Covilhã e Braga, ainda nos tempos da antiga IP5. Eu ao volante, ele com o meu portátil a tiracolo, a enfiar todo o tipo de adereços digitais nas entranhas do bicho. Antes de accionar o Play dissera-me que esta canção de Ornella Vanoni fazia parte da banda sonora do Ocean's Twelve. Eu não gostara muito do filme e, mesmo perante o seu evidente entusiasmo, fiquei reticente. Não por muito tempo. De repente, esta voz invadiu o habitáculo, os ouvidos estacaram e a alma expandiu. Più bella!
Para relembrar que, mesmo nos recantos mais inusitados, é possível encontrar maravilhas.
A música por ti publicada faz-nos sair da nossa zona de conforto, provoca um arrepio gradual, pela sensualdiade implícita que põe à alerta os nossos seis sentidos: a visão torna-se mais focada, objectiva no que realmente importa observar;ouvimos o som dos músculos que se contraem; surge um gosto doce na boca; fica presente, o perfume que chama a si a sua masculinidade...O bater do coração acompanha a intensidade dos sentidos...Falta o tacto e o sexto sentido...Esses deixo-os livres de nomeação...Que fale mais alto a imaginação de cada um!
ResponderEliminarPara mim é feita de uma tristeza tão pungente, de uma súplica... É o lamento de alguém que espera, numa mistura de esperança e impotência. Uma chatice, portanto :))
ResponderEliminarAmiga tudo tem solução, mais vale sentir um nervoso que percorre corpo na dita esperança do que sentirmo-nos dormentes e pesarosos pela impotência!
ResponderEliminarTu e a CF estão de blues! O que se passa?
Vou de vela e volto segunda à noite.
Vou passear o meu tigre de 4 anos e meio e o meu tigrão de 39!
Bj amiga!
Esta música é mesmo piú bella. Aliás, sou grande apreciadora de música italiana, talvez porque a própria lingua é cantada, como se já fosse música per si.
ResponderEliminarEsta é antiga, acho que já a ouvi naquelas relíquias que eram os discos de vinil. Julgo que esta era uma delas, se não estou em erro... Esta música mexe com o coração, músculo à partida mas premente de comoção. Parece um hino à esperança e aos desencontros num bramido constante de "appuntamentos" com a sua própria existência: "Se tu non arrivi non esisto Amor; Non esisto, non esisto". Triste mas linda. Boa lembrança para um blog tão bonito e profundo, Sara.
Continuação de um bom domingo
CF
É isso mesmo. Não são "blues", felizmente. É tão somente a apreciação da estética sonora da tristeza.
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