240 preciosos minutos passados em Salzburgo, a apreciar a sua grandiosa e pitoresca beleza. 240 minutos passados a calcorrear a Getreidegasse pejada de turistas, a espreitar o seu famoso nº. 9, onde Mozart viu o mundo pela primeira vez, a percorrer o imenso Hohensalzburg Castle, a apreciar um pouco das margens do rio Salzach. Destes minutos, destacaria como mais luminosos aqueles passados entre o miradouro e o castelo, num percurso de um quilómetro pela mata, pontuado aqui e ali por um cenário de cortar a respiração. Este, o da fotografia.
E ali pelo meio, a lembrança: no mesmíssimo dia, no ano anterior, estava internada numa clínica, a recuperar de um ligeiro susto. A vida tem as suas graças. O que será que me estará reservado para o próximo ano? Talvez esteja a fazer o que é mais comum nos meus dias. Talvez porque a vida não é tipicamente vivida nos antípodas da experiência, entre uma cama de hospital ou um passeio em Salzburgo. Talvez a vida seja tão-somente feita de mediania. Talvez.