Poucos dias e poucas dezenas de quilómetros fazem distar estas duas imagens, captadas em Viana do Castelo. Na primeira, um cenário apocalíptico com que nos deparámos, quando, depois de um corte na auto-estrada, atravessámos uma zona próxima de um incêndio de enormes proporções, repentino e violento, ameaçando já várias casas. Nenhuma imagem televisiva se poderá comparar ao cenário real: o desespero nas faces apanhadas desprevenidas, a atmosfera claustrofóbica, a pressa na busca de parcos instrumentos de protecção de si, dos seus, do seu. A nuvem espessa e enegrecida permanece durante muito tempo, também cá dentro, mesmo em momentos em que, como na segunda imagem, nos sentámos serenamente no meio de uma serra tranquila e pensámos: até quando poderá, também aqui, ser assim?
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Duas faces do mesmo Verão
Poucos dias e poucas dezenas de quilómetros fazem distar estas duas imagens, captadas em Viana do Castelo. Na primeira, um cenário apocalíptico com que nos deparámos, quando, depois de um corte na auto-estrada, atravessámos uma zona próxima de um incêndio de enormes proporções, repentino e violento, ameaçando já várias casas. Nenhuma imagem televisiva se poderá comparar ao cenário real: o desespero nas faces apanhadas desprevenidas, a atmosfera claustrofóbica, a pressa na busca de parcos instrumentos de protecção de si, dos seus, do seu. A nuvem espessa e enegrecida permanece durante muito tempo, também cá dentro, mesmo em momentos em que, como na segunda imagem, nos sentámos serenamente no meio de uma serra tranquila e pensámos: até quando poderá, também aqui, ser assim?
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Cenário apocalíptico e que causa grande consternação.
ResponderEliminarPelo menos a segunda imagem respira tranquilidade e vejo que as leituras ficaram em dia. Não posso dizer o mesmo.
Obrigada pela visita.
Boa noite e um abraço! :))
o fogo
ResponderEliminartem duas faces
Bj
Sara,
ResponderEliminarEsta realidade das queimadas são cada vez mais comuns e constantes, infelizmente, e por todo o mundo, inclusive aqui na região Centro-Oeste do Brasil, onde fica a cidade de Goiânia, onde moro vizinha de Brasília. Pegando a estrada, muitas vezes nos deparamos com incêndios, também, alguns deles causados por falta de consciência e alguns por pura maldade. O ser humano não cuida de sua casa, é o único animal que se autoentitula "inteligente" que destrói o próprio lar. Que pena. Tomara que a consciência de que precisamos cuidar da nossa Terra aumente.
Beijo grande,
Ivan Bueno
blog: Empirismo Vernacular
www.eng-ivanbueno.blogspot.com
Duas faces do verão, duas faces da vida: o horror e a beleza, a violência e a tranquilidade, o medo e a serenidade.
ResponderEliminarBoas férias:))
A vida é feita de antíteses.
ResponderEliminarGostei do contraponto... muito bem conseguido e tratado através do texto e da fotografia.
É verdade, a vida é feita de antíteses e de convivências difíceis. E é de lamentar que este lado sombrio esteja a deixar tantas marcas num Verão que se quereria luminoso.
ResponderEliminarObrigada a todos e, se for caso disso, umas boas férias!
muitas palavras, Sara. correm sempre o risco de arder, não fôssemos nós da mesma matéria que a floresta.
ResponderEliminarcontinuação de boas férias, que permitam sentir muito - mas também descansar, como num leito de rio calmo *
Muito interessante a forma como nos retrata as vicissitudes de um Verão que nem se pode dizer atípico, lamentavelmente.
ResponderEliminarL.B.
Olá Inês :)
ResponderEliminarperecíveis, claro, nós e elas. Que, pelo menos algumas, sejam eternas enquanto durem...
As férias já acabaram, mas adivinham-se boas marés :)
Tem razão, Lídia, não é atípico. Esperemos que, neste caso (e noutros, já agora) o típico não seja sinónimo de hábito, comodismo ou laxismo.
Infelizmente a tua inquietação é pertinente...
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