Tu és o futuro, aurora imensa
sobre as planícies da eternidade.
Tu és o cantar do galo depois da noite da temporalidade,
o orvalho, a missa de alva e a mocidade,
o desconhecido, a mãe e a morte tensa.
Tu és a figura a se transformar,
do destino sempre solitária a se erguer,
que permanece por exaltar e por lamentar
e como floresta selvagem por descrever.
Tu és das coisas o cúmulo mais profundo,
que cala a última palavra do seu ser
e que aos outros sempre diferente se vai mostrando:
ao navio costa e à terra navio a aparecer.
Rainer Maria Rilke, O Livro de Horas, Assírio & Alvim, 2008, p. 241
Que sorriso terá dado a pessoa a quem este poema foi dedicado!
ResponderEliminarUma delícia...!
Muito bonito!
ResponderEliminarSara,
ResponderEliminarGosto muito de Rilke. Já li este Livro de Horas e é muito bonito este poema!
Boa semana.:)
Bela memória
ResponderEliminarviva
Em suma, todas as coisas podem ser.
ResponderEliminar:)
Beijinho.
Bonito poema do que somos capazes de ser...
ResponderEliminarOu do que alguém nos faz sentir especial
bjs
Ainda bem que gostaram, fico contente.
ResponderEliminarResta-me desejar um excelente fim-de-semana para todos!
Sara, seria interessante saber de quem é a tradução. De Paulo Quintela?
ResponderEliminarBom fim-de-semana também para ti:))
Tens razão Justine, o nome do tradutor é de toda a relevância. Neste caso, foi Maria Teresa Dias Furtado.
ResponderEliminarBom Domingo! :)