terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Nunca recordaremos haber muerto


Paula Rego, Tempo Passado e Presente (1990)
Tanta paciencia
para ser tuvimos
anotando
los números, los días,
los años y los meses,
los cabellos, las bocas que besamos,
y aquel minuto de morir
lo dejamos sin anotación:
se lo damos a otro de recuerdo
o simplemente al agua,
al agua, al aire, al tiempo.
Ni de nacer tampoco
guardamos la memoria,
aunque importante y fresco fue ir naciendo;
y ahora no recuerdas ni un detalle,
no has guardado ni un ramo
de la primera luz.
(...)

No tienes más recuerdo que tu vida.
                                                                                   
Pablo Neruda, Plenos Poderes (1962)


8 comentários:

  1. A pintura é fantástica e Pablo Neruda inigualável.

    Um beijo

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  2. Gosto muito da poesia de Pablo Neruda. A pintura nao conhecia e tambem gostei muito.
    Um dia feliz, Sara! :-)
    Beijinhos!

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  3. Talvez por isso, mais do que recordar o passado, importa agarrar o presente.

    Um grande beijinho e continuação de boa semana

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  4. ... e assim caminhamos ...

    nas boas memórias

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  5. Só devíamos recordar as coisas boas da vida!!
    O resto... seria riscado para sempre!

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  6. "Mistura de luxo", esta de Neruda e Paula Rego!
    E o poema dá que pensar: afinal passam-nos despercebidos os dois momentos cruciais das nossas vidas - resta-nos a vida e é portanto urgente ser digna de ser recordada...

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  7. Excelente combinação com estes dois génios, quando a imagem adorna a palavra...
    Este grande pensador, sempre me cativou: obriga-me à reflexão.
    Beijinhos

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