terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Entre as águas

São Vicente

Porto Moniz

São Lourenço
Ali, entre as águas, tive um vislumbre do paraíso. O verde luxuriante, a imponência majestática das formações rochosas, o mar omnipresente, a temperatura primaveril. O nosso corpo e mente, habituados a meses de frio inclemente, questionam espaço e tempo: Estamos mesmo em Portugal? Continuamos no Inverno?
Creio bem que esta ideia de paraíso também sobreveio pela presença constante de um Anjo. A A., minha amiga e guia, foi incansável na criação de momentos memoráveis. Acho que na nossa história de aventuras conjuntas terão honras de destaque a travessia temerária do Paúl da Serra, Encumeada e Serra d' Água, bem como aquela Festa dos Compadres, em Santana, onde arriscámos o petisco local: espetada em pau de loureiro, preparada (e defumada!) em fogareiro comunitário e irmanada com o imprescindível bolo do caco.
A fruição estética da natureza e a fruição de uma amizade compuseram a perfeição destes dias. Porque são certamente duas das coisas que mais nos aproximarão de uma certa ideia de paraíso tangível.

8 comentários:

  1. Isso. E, certamente, das experiências dignas de constar entre as melhores memórias autobiagráficas :)

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  2. Olá Sara Não imagina como me deixou emocionada com as imagens presentes no seu blog... Lindas, lindas. Fazem parte do meu âmago, é como se estivesse a reproduzir a minha cadeia genética! Ver as minhas raízes pelos olhos de outrém que ainda não tive o prazer de conhecer foi algo estranho, mas agradável. Fotografou de forma bela fragmentos da minha ilha. Já agora, chegou a provar a poncha da Madeira na encumeada numa "tasca" com cascas de amendoim pelo chão? Um barzito tosco e muito interessante... Quando falou na espetada no pau de louro com o bolo do caco, a minha boca salivou. Isso não se faz!!! Estou a brincar, pois fiquei cheia de "dores de cotovelo". Não me importaria de lhe mostrar a minha ilha. A minha querida Elisabete ainda há-de ir lá comigo...A ideia de vislumbrar o paraíso també é o que arremete quando lá vou. Todo o verde que a compõe e a convivência entre montanha e mar é maravilhosa, majestoso. Paisagem que não cansa, que tanto nos transporta pelo infinito do horizonte de mar como pelos cumes das suas montannhas... perfumes de que tenho saudades, paisagens que fazem transbordar o meu coração. Obrigada por ter trazido a minha pérola até mim através de uns olhos que souberem fazer um "imprinting" sem por defeito.
    Bem haja Sara. Hoje vou sonhar com os meus mergulhos por entre as águas ladeadas de verde luxuriante...

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  3. As imagens que partilhas dos teus momentos singulares que foram só teus, fazem agora parte do meu imaginário em querer pisar essas terras portuguesas. Dizem que a imagem vale por mil palavras. É certo, porém as tuas não podem nunca substituir a beleza da fotografia. São outra forma de expressão que me delicia. Aliás como vês, não consigo passar sem elas! Continuo a seguir os teus passos...

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  4. Registo fotográfico fantástico. Mas há outros… de igual qualidade.Eu vi:) E acredito que, denunciado pelo teu discurso em primeira mão, tal registo não chega perto ao soberbo e magistral registo ocular… que “imbegidade” que sinto, também querooooooooooooooooooooo!!...

    sba

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  5. Foi, de facto, muito bom. Para as três damas desta ilustre trupe que ainda não conhecem aquela maravilha, aconselho vivamente!

    Especialmente para a CF,
    as suas palavras são uma torrente de emoção. Quase apostaria que foram escritas de rajada, com a sensibilidade e a saudade na ponta dos dedos... Fico contente pelo meu muito modesto papel de mediadora...
    Infelizmente, muito ficou por conhecer. Uma dessas coisas foi essa "tasca" que goza da fama de ter a melhor poncha da Madeira. Duas ex-alunas que por lá encontrei já nos deram indicações precisas. Sim, porque voltarei para ver o resto. Desengane-se quem acha que, pela sua delimitação geográfica, há pouco para ver. Pelas minhas contas e da minha amiga A. esperam-me, no mínimo, mais três visitas. :) Quem sabe se não nos encontramos por lá numa delas? teria muito gosto.

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  6. Olá Sara
    por este andar não acabamos nunca, mas não pude resistir a mais este. Adivinhou! Quando escrevi o coment anterior eram tantas as saudades que os meus dedos saltavam no teclado...daí alguns erros que não gostei de ler no final. A Elisabete sabe que isso para mim é terrível. Peço desculpa
    Felizmente, ouço alguém inteligente que afirma ser preciso mais algumas visitas para conhecer a minha ilha... Acho ignorância e arrogância quando me dizem que num dia ficam a conhecer a ilha toda. Desculpe-me estar com isto, mas realmente pensei que a Sara deve ser alguém que vale a pena conhecer, realmente. Pela sagacidade que a caracteriza nos comentários que faz.
    E olhe que os seus botões dizem-lhe coisas muito sábias.
    bjs
    Célia

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  7. As fotos são de facto lindas. São a memória e registo de lugares que nos encantam e nos marcam.
    Neste caso elas transmitem paz e sossego...são portanto apelativas porque todos nós procuramos um cantinho desses...nem que seja dentro de nós.
    um beijo minha amiga

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  8. Caríssimas Célia e Elisabete,

    acho que temos que pensar num almoço a três. Já que o Funchal não fica muito à mão, algures no Porto ou Aveiro, num destes dias...
    beijinhos


    Isabel,

    eu acrescentaria... sobretudo, dentro de nós.
    beijo grande

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