Uma mosca efémera nasce às nove horas da manhã nos grandes dias de Verão, para morrer às cinco horas da tarde; como é que ela podia compreender a palavra “noite”?
Bom dia Sara Nós humanos, por vezes, somos como a mosca efémera... Precisamos passar pela experiência para compreendê-la. Mas se antentarmos à palavra compreender, esta não nos submete à vivência. No entanto leva-nos até à inteligência... Apreender o "objecto" e alcancá-lo pela inteligência. Esta passagem levou-me até ao sofrimento... Podemos não o ter vivenciado mas, de alguma forma, o entendemos... o compreendemos.. quando, por empatia nos colocamos no lugar do outro... Bom, julgo que esta será uma das tais perspectivas, muito subjectivas, que cada qual empresta às palavras de outrém. Bem vinda a liberdade que nos permite fazê-lo. Preencher o mundo com quantos os olhares possíveis para lê-lo. Desejo-lhe o inicio de um bom fim de semana Sara. Vejo que progride ao longo das palavras de Stendhal. Deu-me saudades de o voltar a revisitar... Um dia destes!
Estas deambulações de Julien Sorel surgem quando, já condenado à morte, pondera se valerá a pena esgotar possibilidades para permanecer vivo mais tempo. Isto permitir-lhe-ia recuperar algo que, apesar de já ter sido vivido, não fora compreendido na plenitude. Perante a eminência da morte, começa finalmente a "viver", a "compreender" o que antes estava soterrado pela sua ambição. Ideias que continuam na ordem do dia, afinal: a forma como passamos pelas coisas, a importância que lhes atribuímos num determinado momento, como deixamos que nos afectem...
Olá Sara Não querendo monopolizar os seus coments... lololol Só contextualizar; quando li esse livro era pouco mais que uma adolescente. Li-o com uns olhos.... Se o voltasse a ler, os olhos seriam os mesmos, a forma como o faria seria tão diferente... Apesar de não me recordar de passagens especificas do livro, este marcou pela intensidade e profundidade com que desvelava alguns mistérios do ser Humano. Nessa altura, muitos deles já desvelados pelas circunstâncias do meu viver! Sempre actuais as palavras do escritor. Hoje tornam a fazer sentido para mim em todo o seu esplendor. Bjs
Claro, CF, tem toda a razão: o momento das nossas vidas em que lemos determinada obra influencia grandemente os sentidos que dela extraímos. Obrigada pelos seus comentários. Sinta-se livre para aqui "estar" sempre que queira. É muito bem-vinda :)
Ultrapassando o sentido do livro, esta citação lembra-me, antes, os limites da compreensão humana, de que o "universo", a "eternidade" ou o "infinito" são exemplos. E como terá dito Pessoa, "se o nosso espírito pudesse compreender a eternidade ou o infinito, saberíamos tudo". Boa semana ;)
Bom dia Sara
ResponderEliminarNós humanos, por vezes, somos como a mosca efémera... Precisamos passar pela experiência para compreendê-la. Mas se antentarmos à palavra compreender, esta não nos submete à vivência. No entanto leva-nos até à inteligência... Apreender o "objecto" e alcancá-lo pela inteligência.
Esta passagem levou-me até ao sofrimento... Podemos não o ter vivenciado mas, de alguma forma, o entendemos... o compreendemos.. quando, por empatia nos colocamos no lugar do outro...
Bom, julgo que esta será uma das tais perspectivas, muito subjectivas, que cada qual empresta às palavras de outrém. Bem vinda a liberdade que nos permite fazê-lo. Preencher o mundo com quantos os olhares possíveis para lê-lo.
Desejo-lhe o inicio de um bom fim de semana Sara.
Vejo que progride ao longo das palavras de Stendhal. Deu-me saudades de o voltar a revisitar... Um dia destes!
Estas deambulações de Julien Sorel surgem quando, já condenado à morte, pondera se valerá a pena esgotar possibilidades para permanecer vivo mais tempo. Isto permitir-lhe-ia recuperar algo que, apesar de já ter sido vivido, não fora compreendido na plenitude. Perante a eminência da morte, começa finalmente a "viver", a "compreender" o que antes estava soterrado pela sua ambição. Ideias que continuam na ordem do dia, afinal: a forma como passamos pelas coisas, a importância que lhes atribuímos num determinado momento, como deixamos que nos afectem...
ResponderEliminarOlá Sara
ResponderEliminarNão querendo monopolizar os seus coments... lololol
Só contextualizar; quando li esse livro era pouco mais que uma adolescente. Li-o com uns olhos.... Se o voltasse a ler, os olhos seriam os mesmos, a forma como o faria seria tão diferente... Apesar de não me recordar de passagens especificas do livro, este marcou pela intensidade e profundidade com que desvelava alguns mistérios do ser Humano. Nessa altura, muitos deles já desvelados pelas circunstâncias do meu viver!
Sempre actuais as palavras do escritor.
Hoje tornam a fazer sentido para mim em todo o seu esplendor.
Bjs
Claro, CF, tem toda a razão: o momento das nossas vidas em que lemos determinada obra influencia grandemente os sentidos que dela extraímos.
ResponderEliminarObrigada pelos seus comentários. Sinta-se livre para aqui "estar" sempre que queira. É muito bem-vinda :)
Ultrapassando o sentido do livro, esta citação lembra-me, antes, os limites da compreensão humana, de que o "universo", a "eternidade" ou o "infinito" são exemplos. E como terá dito Pessoa, "se o nosso espírito pudesse compreender a eternidade ou o infinito, saberíamos tudo".
ResponderEliminarBoa semana ;)
Talvez porque, tal como a mosca, também nós somos efémeros...
ResponderEliminarBoa semana também para ti!
"A minha suspeita é de que o universo seja não apenas mais estranho de quanto supomos, porém mais estranho do que podemos supor".
ResponderEliminarJ. B. S. Haldane (biólogo)
Olá Carlos, seja muito bem-vindo.
ResponderEliminarnovamente, parece-me, o confronto com os nossos limites. E com os limites à compreensão desses limites, talvez...
Olá,estou encantada! Palavras maravilhosas tbm dos comentários, sou leiga no assunto. Mas pra mim tudo parece poesia.
ResponderEliminarObrigada por tudo isso.