No filme O Discurso do Rei, Winston Churchill surge como um personagem secundário. Secundário no filme, mas centralíssimo na vida real, na sua e na de muitos. E ao ver a luta do rei contra a gaguez, não me pude inibir de pensar na luta do grande estadista contra a depressão, visita recorrente ao longo de toda a sua vida. Churchill denominava-a “Black Dog”. Mas, como em muitas outras lutas que enfrentou, também nesta, certamente dura e impenitente, poderemos concluir que a sua vida foi um exemplo de superação. E dou por mim a pensar se, por vezes, os seus famosos dedos em riste não representariam um certo triunfo privado sobre um indesejado cão negro.
domingo, 6 de março de 2011
Black Dog
No filme O Discurso do Rei, Winston Churchill surge como um personagem secundário. Secundário no filme, mas centralíssimo na vida real, na sua e na de muitos. E ao ver a luta do rei contra a gaguez, não me pude inibir de pensar na luta do grande estadista contra a depressão, visita recorrente ao longo de toda a sua vida. Churchill denominava-a “Black Dog”. Mas, como em muitas outras lutas que enfrentou, também nesta, certamente dura e impenitente, poderemos concluir que a sua vida foi um exemplo de superação. E dou por mim a pensar se, por vezes, os seus famosos dedos em riste não representariam um certo triunfo privado sobre um indesejado cão negro.
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Bom dia Sara
ResponderEliminarFinalmente arranjaste tempo para ir ao cinema. Espero que tenhas gostado do Colin??? eh eh eh
Tb vi Churchill no filme (quase passou despercebido) mas chamou-me a atenção a sua cumplicidade/partilha com o Rei a questão da gaguez. Sabendo de antemão que os filmes apresentam, por vezes, algo fantasioso podemos inferir que o estadista tb teria tido problemas com a arte de discursar... Quem diria???!!!
Continuando no campo das probabilidades, talvez essas sejam o cerne do seu "black dog"?... figura metafórica para a sua índole depressiva. Mas aquele que a História deu a conhecer como homem de muitas guerras, com certeza terá vencido ou domesticado aquele cão preto que o perseguia!
E como gosto de citações ou frases inspiradoras aqui vai uma do Churchill que nos pode fazer reflectir:
"If I can't be loved, I'll find a way to be admired."
PS:Quando fores à minha ilha diz, para poder fazer-te um "roteiro" das levadas mais bonitas que podes percorrer (uma das minhas irmãs já percorreu muitas vezes e tem uma amiga que é guia de levadas... imagina tu!)
Sara,
ResponderEliminarOntem fui ver o filme e irei registar as minhas impressões. Valeram os Óscares, saí da sala de cinema deliciada.
Quanto ao Churchill é uma personagem política que admiro.
Quando a 3 de Março, de 1945, atravessou a fronteira alemã, para registar a vitória disse aos fotógrafos «Esta é uma das operações ligadas a esta grande guerra que não deve ser reproduzida graficamente.» Os fotógrafos obedeceram às ordens, perdendo a oportuidade de publicar «o maior troféu fotográfico da guerra!»
in Biografia de Winston Churchill de Sir Martin Gilbert, Lisboa: Bertrand, 2002, p.62.
Isto diz tudo do grande estadista que aqui apresentou tão bem.
Bom Domingo! :)
Um personagem absolutamente notável e polifacetado.
ResponderEliminarNão esquecer a sua sensibilidade na pintura e na literatura, que de certo modo contrasta com uma determinação que não conhecia limites!
É possível, sim. É possível que reflectissem também prontidão, condição essencial para enfrentar e ultrapassar todo o tipo de 'negritudes'...
ResponderEliminarBeijinho grande e votos de uma semana 'cristalina' :)
Que interessante. Ainda não vi o filme e não conhecia esse lado do Churchill.
ResponderEliminarAcho que ainda fico com mais respeito por ele, por ter conseguido fazer tanto a lutar com uma depressão, porque é uma força que atira bem para baixo... Obrigada por esta partilha de conhecimentos.
tive mesmo pena não te ter acompanhado nesta sessão...vou ver se compenso!;)
ResponderEliminaro Colin vale sempre a pena!!
e pensar que a nossa Lúcia Moniz já contracenou com este vencedor do Óscar..uauuu :)
feliz dia da mulher!!beijoooo
Feliz dia da Mulher! :)
ResponderEliminarDe tantas facetas e lutas é feito um homem grande como esse foi. E que mal "representado" está no filme - é uma pena...
ResponderEliminarNo Sec. XX, em cada época houve, Ocidente, três políticos que marcaram:
ResponderEliminarChurchill
Ganhou a Guerra e perdeu as eleições logo a seguir à rendição da Alemanha;
H.Schmidt e a sua «Real politik», não há países amigos, há interesses entre países;
Kinsinger
O seu modelo de diplomacia e a energfia inesgotável para negociar.
Se fizermos um ranking dos actuais dirogentes mundiais, à diferenças e capacidades muito aquém das daqueles.
Gostei muito do comentário deixado no Guizo e da referência ao Mito do Rio Lethes.
A História da Antiguidade Clássica está cheia de exemplos eloquentes.
Conhecerás o Mito do Anel De Gyges.
O pastor encontra um corpo com um anel.
Coloca o anel no dedo e descobre que ele lhe garante a invisibilidade.
Questão moral:
Algum homem resistiria à tentação do mal se soubesse que os seus actos não seriam testemunhados?
Bjs
Por vezes os grandes
ResponderEliminarsão maiores
quando assumem com prazer
papeis secundários
Do filme não posso opinar, não o vi, geralmente não vou ao cinema, mas sim reconheço que estamos ante um dos homens que deixou feitos relevantes que marcaram toda uma época.
ResponderEliminar"As memórias de Churchill", que a minha editorial publicou em seis livros, com excelentes fotografias e documentos, deram a conhecer a realidade dum personagem que foi decisivo num momento critico.
Recordo, especialmente, uma frase sua ao finalizar a guerra:
"Uma guerra nunca resolve nenhum problema. O que faz é criar outros novos."
Isto ao fazer referencia às fábricas de armamento que já não serviam para nada e as muitas carências que haviam de tudo.
Um abraço e a minha amizade
Só hoje encontrei o comentário da Sara em "Dificuldades de Leitura" que agradeço.
ResponderEliminarE o mais engraçado é que vi ontem "O Discurso do Rei".
De facto, Churchill surge como personagem secundária mas todos nós sabemos o grande estadista que foi!
Tenho em casa uma biografia dele para ler, já vai sendo tempo de o fazer!
Abraço