Podem defini-lo como uma proliferação cancerosa de origem desconhecida que se desenvolve seja onde for, mal-grado a vítima. Quantas vezes não se tenta em vão amar a pessoa “conveniente”, mesmo quando o nosso coração sabe tê-la encontrado depois de tormentosa busca? Não, uma sobrancelha, um perfume, uma maneira de andar, um sinal no pescoço, um hálito de amêndoa – eis os cúmplices que o espírito procura para completar a nossa perda.
Lawrence Durrell, Clea
Lawrence Durrell, Clea
Vejo que já está a ler Clea! O Quarteto de Alexandria é interessantíssimo, já o li há muitos anos, ficaram sombras. Há livros que se devem ler mais que uma vez. Tenho que adiar a segunda leitura porque tenho uma pilha para ler... e trabalho...trabalho...
ResponderEliminarBom fim-de-semana.
:)
É verdade, Ana, nos interstícios do trabalho tenho lido Clea. São pequenos desvios que fazem um bem enorme à minha saúde mental :)
ResponderEliminarDe facto, revisitar algumas obras é quase obrigatório, embora a sucessão de tarefas seja pouco conivente com essas intenções.
Um bom fim-de-semana para si, quem sabe se recheado com alguma leitura agradável :)
Eternos insatisfeitos
ResponderEliminarsimples e complexos
só nos resta voar
Boa noite Mar Arável
ResponderEliminarcreio bem que a nossa eterna insatisfação está na base de alguma inépcia para muitas coisas, incluindo para amar...
É um prazer tê-lo por cá. Confesso que já o conhecia de outras paragens e sempre apreciei muito os seus "poemas-comentários".
Obrigada!
Subscrevo a citação com uma pequena (grande) excepção: é "uma proliferação benigna de origem desconhecida..." :)
ResponderEliminarBeijinho!
Eu penso que a malignidade surge aqui pelo facto de, tal como assumido no livro, se tratar de uma diatribe, com pendor injurioso :)
ResponderEliminarOutro para ti!
Mais um que ainda não li, mas agora vou ficar de olho nele! :-)
ResponderEliminarÉ altamente recomendável, juntamente com os restantes elementos do Quarteto.
ResponderEliminarFolgo em vê-lo por estas paragens! :)
Quanto ao altamente recomendável, seguramente que o teu blog o é... embora comece a duvidar no meu caso.... Cada vez que leio algo de Durrell nestas paragens fico cheia de curiosidade para ler tudo. Garanto-te que, neste momento não seria recomendável, considerando a carga de outras leituras que "devo" fazer. Faço como tu, vou parando por aqui para promover a minha saúde mental. Pelo meio dos estudos, também procuro alguns desvios salutares! É como se fossem páginas marcadas com folhas secas, pelo meio, que nos incita a sentir-lhes o cheiro... o problema é se queremos ir além do cheiro!
ResponderEliminarbjs e até domingo
Obrigada! És uma querida!
ResponderEliminarEu gosto de vários tipos de desvios (serei uma "desviada"? :))) Sonho com o dia em que o trabalho é que será o desvio a tudo o resto :)))
Até amanhã! Prepara as pernas :)))
Mar Arável tem a virtude de dizer em poucas palavras a profundidade das coisas...
ResponderEliminarClea, é um dos olhares sobre as relações que as quatro pessoas têm na história de Durrell. A beleza da obra é essa cada personalidade vê o outro com a sua visão.
Para Mar Arável:
A insatisfação é a agonia dos dias
é perder a vida ou
não a saber aproveitar.
...ou a nossa salvação, diria eu, e compreenderá Clea, mais tarde!
ResponderEliminarUm abraço, companheira em leituras:))
Exactamente, no final o amor salvará e redimirá :)
ResponderEliminarUm abraço e votos de um bom resto de Domingo, companheira :))
Eu andei sempre por aqui... ;-))
ResponderEliminarQue bom! Aprecio muito a companhia :)
ResponderEliminarUm bom resto de domingo para si!
Forçar a amar o "conveniente" não resulta mesmo..enquanto que pequenos detalhes como "sinal no pescoçao", "jeito de andar", "cheiro" nos arrebatem e encandeiam a alma!;)
ResponderEliminarAcho que, como em muitas outras coisas, tudo depende das necessidades e possibilidades das pessoas. :)
ResponderEliminarBoa semana para ti!